Saúde Mental e Hormônios – Qual a relação?

A campanha Janeiro Branco criada em 2014, convida a todos a refletir sobre sua saúde mental, propósito de vida, autoconhecimento e relacionamentos. Em 2023, o tema central da campanha é a Vida pede equilíbrio.  A campanha ainda traz a simbologia de mais uma página em branco nas nossas vidas nesse primeiro mês do ano.

O que podemos fazer de diferente para cuidar melhor da nossa saúde mental? O que tenho feito de bom para mim mesmo? São questionamentos que devemos fazer em todo recomeço: além da terapia, manter uma mente positiva, expressar nossos  sentimentos, nos cercarmos de pessoas positivas,  aderir  hábitos saudáveis e o cuidado com a saúde são fundamentais para uma vida equilibrada. Pensando nisso o corpo técnico do CPML criou uma campanha alertando sobre a relação de exames hormonais que estão atrelados a alguns transtornos muito comuns nesse  processo de vida cada vez mais agitado da humanidade.

Primeiro iremos destacar qual a relação entre a saúde mental e os hormônios.

Além do metabolismo, função reprodutiva e saúde sexual, alguns hormônios também regulam o estado de humor, principalmente nas mulheres. Por exemplo, o uso de alguns anticoncepcionais podem induzir a um estado depressivo.

Afetando também os homens, temos o hipotireoidismo — que produz sintomas semelhantes aos da depressão. O mesmo acontece com o quadro de testosterona  baixa, que pode ser comum ao longo do envelhecimento da população masculina.

Por isso, é importante ter acompanhamento médico, para ter essa visão integral que reúne a saúde mental e os níveis hormonais.

As dosagens hormonais dos exames:  T3 total e T4 livre, tireoestimulante (TSH), Folículo estimulante (FSH); luteinizante (LH), dehidroepiandrosterona (DHEA), estradiol (E2) cortisol são alguns dos exames que podem alterar o estado de nossa saúde mental. Contudo, vale ressaltar que  nem todos os transtornos estão associados às alterações hormonais. Esses distúrbios resultam de uma complexa interação entre fatores sociais, psicológicos e biológicos — e é aí que as alterações hormonais fazem aquele estrago!  Caso você sinta sintomas depressivos ou outros sinais de uma saúde mental fragilizada — como se afastar das pessoas e se sentir ansioso — o primeiro passo é buscar ajuda médica.

Nessa campanha iremos apresentar a correlação e os efeitos das alterações dos exames que estão associados aos transtornos que podem afetar a Saúde Mental.

Estrogênio (E2)

A redução do hormônio estrogênio, alteração típica da menopausa, pode levar à depressão, ansiedade, irritabilidade e síndrome do pânico. Daí a importância de diagnosticar esses impactos o que, geralmente, leva ao tratamento com terapia de reposição hormonal.

  • preparo: não exige jejum, mas é recomendável informar medicações ou suplementos em uso.

Progesterona

Baixas quantidades de progesterona, o que acontece frequentemente em uma fase do ciclo menstrual, pode deixar a mulher sem energia e indisposta, como se estivesse deprimida.

Adicionado a isso, o cortisol aumenta e provoca sinais de estresse e irritabilidade.

  • preparo: realizar o exame em torno do 20º dia do ciclo menstrual, com jejum de 4 horas, geralmente. É aconselhável confirmar com o laboratório.

DHEA (dehidroepiandrosterona)

Altos níveis de DHEA têm correlação com a sensação de bem-estar, bom humor e disposição.

A partir dos 20 anos de idade, passamos a produzi-lo em menor quantidade, o que faz parte do processo natural do envelhecimento. Mas se a redução for excessiva, o médico pode tratar com reposição hormonal.

  • preparo: o jejum não é obrigatório, mas deve ser realizado sempre de manhã, em até 2 horas depois de acordar.

T3 e T4

A produção excessiva desses hormônios, pela tireoide, pode causar ansiedade, cansaço, irritabilidade e hiperatividade.

Por outro lado, a queda nas taxas desses hormônios pode levar à depressão, fadiga e sonolência.

  • preparo: jejum de 3 horas.

Iniciativas como o Janeiro Branco nos incentivam a fazer algo que já deveria fazer parte da nossa rotina, que é avaliar nossa saúde mental. Felizmente, além das terapias e consultas com o psiquiatra, os exames hormonais também ajudam a entender o que se passa com o nosso organismo.

*informações técnicas: internet