Relatos de um Outubro Rosa que mudou uma vida.

Outubro ROSA_AÇÃO_final

por Keila Nascimento

Karinne Lins, 35 anos, uma vencedora da luta contra o Câncer. “ano passado assisti na televisão, uma matéria da campanha do outubro rosa, falando sobre os vários tipos de do câncer de mama seus sinais e sintomas.”

Na entrevista, o médico que não recordo o nome no momento, orientou, que além de apalpar a mama, também era importante conferir se saía líquido do mamilo. Esse quadro do líquido poderia ser câncer. Como eu tenho histórico de câncer de mama na família, segui as orientações da matéria e fiz meu autoexame, apalpei e resolvi apertar a mama. Fiquei surpresa e por que não dizer assustada, quando constatei um líquido saindo do meu mamilo, após apertá-lo, não perdi tempo, procurei um médico, relatei o resultado do autoexame, e como sou a área de saúde, resolvi fazer logo um PAF (Punção de agulha fina) que indica o tipo de célula, se maligno ou benigno.

Com o resultado positivo para maligno, corri para fazer a Coribiopsia, exame que identifica a tipologia, ou seja, o grau desse câncer, para saber se é necessário cirurgia ou só o tratamento. Como sou da área, ficou mais fácil, pois sabia quais os exames que tinha que fazer, tipo: ultrassom, ressonância e tomografia de abdômen total, para descartar a possibilidade de ter passado para outro órgão. Entre o tempo de autoexame, da descoberta e realização dos exames específicos, correram dois meses para a cirurgia.

O médico informou que era necessário fazer a mastectomia total, perguntei se já poderia fazer a reconstrução da mama no mesmo momento, ele sinalizou que sim, então, no dia 16 de dezembro, reuni minhas forças, e entrei com muita fé, na sala de cirurgia. Primeiro foi feito o exame do linfonódulo sentinela para saber ser seria necessário o esvaziamento axilar, graças a Deus não foi preciso, mas não pude salvar o mamilo, porque o carcinoma era no ducto mamário de forma localizada. O que caracteriza que o câncer não se espalhou.

Após a cirurgia, foi realizado um exame para saber se eu era sensível à medicação que dá certa garantia para que o câncer não volte, graças a Deus foi sensível, e continuo tomando a medicação até completarem os 5 anos, onde farei a avaliação final, para poder me dizer curada. Outra graça alcançada, foi não precisar fazer quimioterapia, mas precisei fazer radio, não como curativo, e sim preventivo. Agora, só estou fazendo acompanhamento, que é gradativo, inicialmente de seis em seis meses, depois de ano em ano, até completar os 5 anos.

Porque faço questão de contar esse historio com riqueza de detalhes, para mostrar a outras mulheres a importância do autoexame, porque quanto mais rápido a descoberta, mais chances teremos de vencer o câncer. Também quero dizer que não é fácil receber uma notícia dessas, principalmente tendo perdido minha mãe pelo mesmo problema. Fiquei desesperada, mas enfrentei, por que tenho uma filha de 5 anos para criar. Passado o susto da notícia, em momento algum fiquei preocupada porque ia perder minha mama. O importante é estar viva e com saúde. Tanta gente vive sem um braço, uma perna e vive feliz da vida.

Meu lema é “o tamanho do seu problema vai muito da proporção que você dá a ele.” Também não vivo preocupada se o câncer vai voltar. Eu faço meu tratamento e me cuido.

Agora conte sua história, ela pode ajudar alguém!