Quais as disfunções tireoidianas e como controlar os sintomas

Keila Nascimento

25 de Maio – Dia Internacional da Tireoide

Celebrado neste 25 de maio, o Dia Internacional da Tireoide visa conscientizar os muitos milhões de pacientes que apresentam doenças da tireoide, como hipotireoidismo, hipertireoidismo, doenças autoimunes, outras doenças raras e câncer.

Neste dia, associações e outros grupos ligados ao tema, em todo o mundo, organizam eventos para fornecer informações relevantes e atualizadas para pacientes e à sociedade em geral visando ajudá-los a reconhecer os sintomas, incentivando-os a fazer um monitoramento regular de seus níveis hormonais para que possam tomar decisões assertivas sobre sua saúde. O Centro de Patologia e Medicina Laboratorial lembra que a data oferece uma oportunidade para destacar os múltiplos fatores, genéticos, ambientais, dentre outros, que contribuem para o desenvolvimento de doenças da tireoide.

A tireoide é uma glândula em forma de borboleta (com dois lobos), localizada na parte anterior do pescoço, logo abaixo da região conhecida como Pomo de Adão, popularmente, gogó. Os hormônios produzidos pela tireoide – T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina) – agem na função de órgãos vitais como coração, cérebro, fígado e rins. Interfere, também, no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional, garantindo o equilíbrio do organismo.

Quando a tireoide não está funcionando adequadamente pode liberar hormônios em excesso, provocando o hipertireoidismo ou em quantidade insuficiente causando o hipotireoidismo. No hipertireoidismo o corpo começa a funcionar rápido demais: o coração dispara, o intestino solta, a pessoa fica agitada, fala demais, gesticula muito, dorme pouco, sentindo-se com muita energia, mas também muito cansada.

Ao contrário, se a produção de hormônio é insuficiente, provoca o hipotireoidismo. O organismo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento pode ficar comprometido. Ocorrem, também, diminuição da capacidade de memória, cansaço excessivo, dores musculares e articulares, sonolência, pele seca, ganho de peso, aumento nos níveis de colesterol no sangue e, ainda, depressão.

Em ambos os casos pode ocorrer o aumento no volume da tireoide, chamado bócio, que pode ser detectado no exame físico. Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e em mulheres.

Para identificar alterações na tireoide é necessário fazer o exame de TSH e o T4 livre, os dois são exames de sangue que medem a quantidade de hormônios na corrente sanguínea. Esses hormônios são relacionados entre si e geralmente tem comportamento oposto, ou seja, quanto maior a dosagem do T4 livre menores as taxas de TSH.

O hipertireoidismo geralmente cursa com uma grande quantidade de T4 livre e baixos níveis de TSH. Já o hipotireoidismo apresenta níveis de TSH acima do normal, com T4 livre abaixo do esperado para sexo e idade. Em algumas situações essa correlações entre o TSH e o T4 livre se perde, e pode ser necessária a complementação diagnóstica com a dosagem de outros hormônios como T3 livre , T3 reverso , anti TPO, antitireoglobulina (anti TG).

Aqui no CPML, são realizados os exames de rotina (T4,T4 Livre, T3, TG e TSH) por solicitação médica aos pacientes assistidos pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) do Hospital Escola Helvio Auto, e demais unidades vinculadas a Uncisal, como também aos internos do Complexo Prisional de Alagoas; e de forma emergencial aos pacientes internados no Hospital Geral do Estado, através da nossa unidade satélite CPML/HGE, informou Juliana Cavalcante, Supervisora Assistencial do CPML.

Tratamento:

– Hipotireoidismo: reposição do hormônio tiroxina que a tireoide deixou de fabricar. Como dificilmente a doença regride, ele deve ser tomado por toda a vida, mas os resultados são muito bons.

– Hipertireoidismo: o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia, dependendo das características e causas da doença.

Fonte: Ministério da Saúde.