Pacientes do Centro de Patologia e Medicina Laboratorial participam de palestras educativas em saúde com estudantes da Uncisal

Alunos utilizam materiais interativos e orientam sobre o perigo de informações falsas

Keila Nascimento

Os pacientes do Centro de Patologia e Medicina Laboratorial (CPML), da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), agora terão a oportunidade de participar de palestras educativas em saúde, realizadas todas as segundas-feiras. A iniciativa é conduzida por estudantes do 3º e 4º ano do curso de Fisioterapia, sob a supervisão das professoras Vaneska da Graça e Izabelle Quintiliano, no âmbito das disciplinas de Saúde da Mulher 1 e 2.

As atividades serão realizadas nas salas de espera dos ambulatórios próximos à universidade, proporcionando momentos práticos de aprendizado. Os temas das palestras são selecionados com base em dois critérios: o conteúdo técnico das aulas e as datas comemorativas do calendário do Ministério da Saúde.

As palestras são realizadas em horários variados ao longo da manhã, permitindo que os pacientes tenham acesso a pelo menos duas apresentações informativas enquanto aguardam atendimento. “Se alguém estiver na sala de espera durante toda a manhã, certamente terá contato com ambos os grupos e, assim, receberá duas fontes de informação diferentes no mesmo dia”, afirmou a professora Vaneska da Graça.

As apresentações são majoritariamente orais, mas os alunos também utilizam materiais interativos, como jogos e quizzes, para envolver os pacientes. “Fazemos perguntas e eles respondem, levantando cartões ou algo semelhante. Mas, em geral, a exposição é oral, acompanhada da distribuição de material informativo, desenvolvido e produzido pelos próprios estudantes,” acrescentou a professora.

O objetivo da ação é fornecer informações de qualidade, prevenindo que os pacientes sejam expostos a notícias falsas ou mal interpretadas. Os temas abordados são variados, com a intenção de ampliar o conhecimento em saúde da população, promovendo autonomia e consciência sobre as possibilidades de acesso a tratamentos.

A professora Vaneska destacou, ainda, a importância dessa iniciativa, afirmando que muitas pessoas nas recepções fizeram perguntas, tiraram dúvidas e buscaram informações sobre como obter tratamento, especialmente na área de reabilitação fisioterapêutica, ofertados pelo Centro de Reabilitação – CER3.

Para os estudantes, o projeto também serve como um exercício de reflexão sobre o papel deles na educação dos pacientes. “Cada paciente que eles atenderem no futuro, como profissionais, será uma oportunidade de promover educação em saúde. Isso vai além do tratamento; eles podem ser agentes de transformação na vida das pessoas,” concluiu Vaneska.

Flavyelle Maranhão, estudante de fisioterapia que participa da ação, disse que toda segunda-feira são realizadas ações na sala de espera que os pacientes acolhem positivamente e demonstram curiosidade com os temas. “Oferecemos um espaço participativo que permite a exposição de relatos, promovendo uma troca de conhecimentos para prevenir, identificar e orientar sobre como prosseguir nos serviços de saúde pública. Assim, atuamos na atenção primária e incentivamos os pacientes a se tornarem propagadores da educação em saúde, para mim é muito gratificante.”